domingo, 24 de julho de 2011

Inferno

A existência do inferno é atestada por numerosas passagens da Biblia, pela Tradição e pelo Magistério Eclesiástico. E grandes mestres da vida espiritual, como Inácio de Loiola, recomendam que se medite sobre esse local de tormentos eternos, como medida salutar para se alcançar a salvação.


Imagine alguém numa situação de pesadelo, sofrendo todas as doenças possíveis, juntas, ao mesmo tempo. Quer dizer :  tivesse no coração, a dor do enfarte; nos olhos, o tormento produzido por um tumor em cada olho; na espinha dorsal, e com reflexos em todo o aparelho sensitivo, os efeitos de um canivete de fogo que estivesse continuamente cortando a espinha de alto a baixo, e triturando e esmigalhando, com todos aqueles colapso e dores; no estômago, todas as náuseas imagináveis (a náusea é uma das sensações mais desagradáveis que pode haver), mas, ao mesmo tempo, nos rins, sensação de uma pedra enorme que não passa e os congestiona; sentisse todo o mal-estar de um homem com o sangue altamente infeccionado, no qual corressem continuamente as piores toxinas e venenos.


Suponha que das narinas dessa pessoa saísse continuamente o pus mais asqueroso; nos ouvidos houvesse vermes roendo continuamente os tímpanos, e produzindo dores de estalar. Em uma palavra, houvesse em cada célula a maior dor de que aquela célula é capaz, de maneira que a pessoa sentisse, continuamente, eternamente, sem nenhuma interrupção, milhões de martelos descarregando sobre si, comprimindo e chagando continuamente seu corpo.
Pois bem, tudo isso é uma imagem fraca, irreal, dos tormentos que o corpo padece no inferno, porque os sofrimentos infernais são incomparavelmente piores do que esses. Pois os tormentos acima descritos ainda podemos imaginá-los enquanto que as torturas infernais são estritamente inimagináveis.


Para se ter uma idéia disso,  Inácio de Loiola  faz a comparação entre o fogo do inferno e o fogo da terra.
Tomemos uma chama. Ninguém gostaria de ser condenado a viver dentro daquela chama, queimando-se eternamente. Bastaria propor a alguém que pusesse a mão na chama ou somente o dedo indicador, para que a pessoa sustentasse uma batalha de anos para evitar isso. O fogo do inferno é tão mais devorador do que o fogo da terra, que se se colocasse um rochedo nas chamas infernais ele se consumiria imediatamente, a ponto de não restar do mesmo senão um monte de cinzas. Tal é o fogo do inferno.
Imaginemos agora um corpo vivo – porque o que vai para o inferno não é o cadáver, é o corpo ressuscitado e com vida- posto eternamente num fogo capaz de, num segundo, liquefazer e queimar completamente um rochedo.


O CORPO NÃO SE DESINTEGRA

Se todo esse tormento atingisse o homem e, ao cabo de um minuto, de uma hora, de um dia que fosse, passasse, isto seria na realidade terrível, mas, afinal, seria algo passageiro. No entanto, não é o que se dá com o inferno. O perecido é ali queimado continuamente e nunca o seu corpo se desintegra, ele nunca morre, nunca acaba. De maneira que a chama, ao mesmo tempo o torra e o mantém íntegro. O tormento que ele sofre ao cabo de cinco quinquilhões de anos é o mesmo que padece no primeiro momento em que tocou tal fogo. E aquela chama devoradora, que não pára!
Além do fogo há outros tormentos internos e externos: sensações desagradáveis, cheiros pútridos, visões de coisas trágicas, audições de cacofonias monstruosas. No paladar, a sensação de ingerir as matérias mais purulentas e asquerosas, continuamente. 


A VISÃO DO INFERNO EM VIDA
O Criador, em sua misericórdia, tanto quer nos livrar do inferno que dispôs que algumas almas eleitas fossem lá conduzidas em vida, para que os homens soubessem, através dessas testemunhas, o que está preparado ao homem que ousa violar os Mandamentos de seu Deus.
Segundo a igreja Católica, Santa Terezinha de Jesus que viveu no século XVI, teve a chance de ver o inferno em vida e assim relatou:
Havia já muito tempo que o Senhor me fazia muitas das mercês que referi e outras grandíssimas, quando um dia, estando em oração, achei-me subitamente, ao que me parecia, metida corpo e alma no inferno. Entendi que queria o Senhor dar-me a ver o lugar que aí me haviam aparelhado os demônios, e eu merecera por meus pecados. Durou brevíssimo tempo, mas, ainda que vivesse muitos anos, tenho por impossível olvidá-lo. Pareceu-me a entrada um beco bem longo e estreito, semelhante a um forno muito baixo, escuro e apertado. O solo tinha aparência duma água, ou antes, dum lodo sujíssimo e de pestilencial odor, cheio de répteis venenosos. No fundo havia uma concavidade, aberta numa parede, a modo de armário, onde me vi encerrada estreitíssimamente. Tudo isto era deleitoso à vista, em comparação do que ali senti. Entretanto, o que escrevi está muito aquém da verdade.”
Mas não foi só nos séculos passados que a Providência quis alertar os homens para os horrores do inferno, mas também no atual que estadeia impiedade e a luxúria. Com efeito, em 1923, falecia em odor de santidade a religiosa espanhola sóror Josefa Menéndez, da Société du Sacré Coeur de Jesus.
Assim, narra ela uma de suas descidas ao inferno: “Então arrastaram-me por um longo caminho mergulhado em escuridão. Comecei a ouvir de todos os lados berros medonhos. Pelas paredes do estreito corredor havia nichos, uns em frente dos outros, de onde saía fumaça quase sem chama e com cheiro intolerável. Dali, vozes proferiam toda espécie de blasfêmias e palavras impuras.

A VISÃO DO INFERNO EM VIDA
O Criador, em sua misericórdia, tanto quer nos livrar do inferno que dispôs que algumas almas eleitas fossem lá conduzidas em vida, para que os homens soubessem, através dessas testemunhas, o que está preparado ao homem que ousa violar os Mandamentos de seu Deus.
Segundo a igreja Católica, Santa Terezinha de Jesus que viveu no século XVI, teve a chance de ver o inferno em vida e assim relatou:
Havia já muito tempo que o Senhor me fazia muitas das mercês que referi e outras grandíssimas, quando um dia, estando em oração, achei-me subitamente, ao que me parecia, metida corpo e alma no inferno. Entendi que queria o Senhor dar-me a ver o lugar que aí me haviam aparelhado os demônios, e eu merecera por meus pecados. Durou brevíssimo tempo, mas, ainda que vivesse muitos anos, tenho por impossível olvidá-lo. Pareceu-me a entrada um beco bem longo e estreito, semelhante a um forno muito baixo, escuro e apertado. O solo tinha aparência duma água, ou antes, dum lodo sujíssimo e de pestilencial odor, cheio de répteis venenosos. No fundo havia uma concavidade, aberta numa parede, a modo de armário, onde me vi encerrada estreitíssimamente. Tudo isto era deleitoso à vista, em comparação do que ali senti. Entretanto, o que escrevi está muito aquém da verdade.”
Mas não foi só nos séculos passados que a Providência quis alertar os homens para os horrores do inferno, mas também no atual que estadeia impiedade e a luxúria. Com efeito, em 1923, falecia em odor de santidade a religiosa espanhola sóror Josefa Menéndez, da Société du Sacré Coeur de Jesus.
Assim, narra ela uma de suas descidas ao inferno: “Então arrastaram-me por um longo caminho mergulhado em escuridão. Comecei a ouvir de todos os lados berros medonhos. Pelas paredes do estreito corredor havia nichos, uns em frente dos outros, de onde saía fumaça quase sem chama e com cheiro intolerável. Dali, vozes proferiam toda espécie de blasfêmias e palavras impuras.

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